E pelos vistos, os pesadelos também

Nada que se relacione com a entrada na escola pública é simples para mim. Parece que estou destinada a sofrer com este início. Se da Constança foi um verdadeiro filme, com muita desilusão pelo meio e a terminar na desistência da vaga; agora da Carlota esperava uma entrada garantida e, acima de tudo, tranquila. Mas claro que os pesadelos também viram realidade... tanto ansiei pela publicação das listas, só naquela de ver confirmada a sua entrada, dada como garantida por todas as pessoas que conhecem os meandros da coisa, já que a matrícula responde aos 2 primeiros critérios de admissão: idade e ter irmãos a frequentar a mesma escola. Qual não foi o meu espanto quando chego à escola e vejo que o nome dela não consta da lista! Quase desmaie, literalmente... Fiquei ali especada, a olhar para a lista à espera de que o nome aparecesse num piscar de olhos. Mas nada... depois ouvi outras mães a reclamar e lá me juntei aos protestos, para que me explicassem, como se fosse muito burra, o motivo para a Carlota não ter entrado quando, numa análise mais detalhada, percebi que havia meninos ainda mais novos do que ela. Finquei o pé, pedi explicações, discuti, argumentei, chorei. Mais ou menos por esta ordem, nem sei bem... a directora percebeu o meu desespero e foi consultar o processo (desta vez com olhos de ver) e lá se percebeu que houve um erro de secretaria que, no acto da matrícula, colocou "não" na pergunta (fundamental) se tem irmãos na mesma escola. E aí ainda chorei mais, pela injustiça, pela estupidez, pela incompetência e pela impotência de se conseguir uma solução imediata... diz que agora é preciso uma autorização para se aceder à plataforma e corrigir o erro; depois aguardar; depois rever as listas; no fim conseguir incluir a Carlota na lista. Resumindo, não está na lista mas vai estar, não sei bem é quando! Mais um começo de ano escolar com requerimentos e reclamações, com muitas lágrimas e angústia, mas que desta vez pelo menos se espera com final feliz. A ver vamos, eu sendo Tomé de nome e alma, só quando o telefone tocar (lá para 28 de agosto porque entretanto tudo fecha) é que vou descansar. Obrigada querido ensino público por mais esta partida que me deixa de coração nas mãos todas as minhas férias.

Nota: a única coisa boa no meio disto tudo foi saber que a amiguinha da Constança conseguiu entrar na escola! 

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