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A mostrar mensagens de junho, 2017

Há prioridades na vida

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Ontem, estava ainda a arranjar-me para sair de casa, recebi um sms de uma amiga a avisar que não havia metro na linha azul - circulação interrompida por tempo indeterminado. A pessoa fica logo sem vontade de sair de casa!!! Mas lá fui, ainda na esperança que no tempo entre sair, deixar as miúdas na escola e chegar à Pontinha ficasse tudo normalizado. Mas, óbvio, que não ficou e a alternativa foi ir de autocarro até Telheiras, apanhar o metro linha verde, trocar no Campo Grande para a amarela e chegar, passada mais de 1h, finalmente ao Marquês. Percurso que todos os dias faço, directo na linha azul, em 20 minutos (quando corre tudo bem - o que ultimamente tem sido uma raridade...). Enfim, demorei mais tempo mas cheguei, sem ar afogueado que ninguém morre se chegar 45 minutos depois (que até por acaso coincide com a hora habitual de chegada da grande maioria).  Chegou a hora de saída e parecia cena de filme, como se o tempo voltasse atrás... toca o telefone, chamada da mesma amiga da

Juntos por Todos

Há quem passe a vida (e quem ganhe a vida) a criticar o nosso país. Há quem diga que somos um país atrasado, sempre na cauda das tendências e dos desenvolvimentos. Há quem acredite que somos menos que outros, menos evoluídos, demasiado lentos a reagir. Há quem sinta que somos limitados em muitas áreas. Ora a tragédia de Pedrógão Grande veio mostrar-nos muita coisa má - falta de organização, de meios, de gente num país interior que só nos lembramos ainda existir quando exposto desta maneira - mas também somos um país com um coração grande como nenhum outro. Um país em que a solidariedade aparece de todos os cantos, incluindo além fronteiras por quem foi fazer pela vida mas que aqui deixou o coração. Jovens, velhos, pessoas com capacidade económica para ajudar, outras com boa vontade e braços de trabalho que se dispuseram, desde a 1.ª hora, a acorrer a estas pessoas que perderam tudo. Somos um país que mesmo frente a um cenário de terror, consegue erguer a cabeça e, acima de tudo, arreg

Associativismo parental

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Assim que a Constança entrou na escola pública quis saber como fazer parte da Associação de Pais. Para mim é tão normal como fazer a inscrição, tão natural como saber os contactos da escola e os horários de atendimento da professora. Se sou mãe, encarregada de educação, é meu dever, minha obrigação acompanhar os problemas da escola que escolhi para as minhas filhas. Esse foi o exemplo que tive em casa, com a minha mãe a fazer parte da Associação de Pais da escola que frequentámos, numa altura em que tudo faltava, em que era preciso ir a pé para a escola, com rios de lama no inverno o que nos obrigava a ir de botas de borracha nos pés, com uns sapatos na mochila para trocar na entrada da escola. Lembro-me da minha mãe ser entrevistada para a televisão, o que há cerca de 30 anos era um verdadeiro fenómeno, enquanto membro da AP de Casal de Cambra, a defender melhores condições e mais recursos, numa luta para que o "maior bairro clandestino da Europa" ganhasse acessibilidades b

Orgulho gigante!

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http://www.tvamadora.pt/Home/ Video/5279 Há dias na vida em que devia ser possível o dom da multiplicação, o dom de estar em 2 sítios ao mesmo tempo. Fosse isso possível e eu estaria na plateia, de pé a bater palmas de orgulho e emoção no lançamento do livro da mana e da sua turma e ao mesmo tempo na entrega do diploma de finalista do 4.º ano do Simão. No mesmo dia, à mesma hora aconteceram estes momentos que ficam na nossa história mas que infelizmente não assistimos ao vivo. Vale-nos esta ligação tão forte que ultrapassa a presença física, sabendo que no nosso coração estamos sempre juntos - Um por todos e todos por um. Parabéns querida mana por mais este acontecimento especial na tua vida, que tão bem reflecte o amor, a dedicação, as horas de trabalho e de entrega que tens aos teus alunos - não à escola, não aos colegas, não aos pais mas sempre, de corpo e alma, aos alunos, os "meus meninos" como lhes chamas e sentes. Sorte a destes miúdos que começam a vida escol

Parabéns Huguinho!

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É um número redondo mas mais do que isso é a entrada num novo ciclo da vida: nos "entas". Há quem diga que a partir de agora é a doer, uma linha descendente com as maleitas a aparecer. Mas também há quem afirme que a partir dos 40 é que a vida ganha outro ânimo. Eu acredito nas 2 teorias, sei que ambas têm um fundo de verdade, mas sendo optimista por natureza e racional por convicção, acho que se deve viver a vida ao máximo, independentemente da idade. Há fases mais estimulantes do que outras, alturas em que apetece fazer tudo e outras em que não apetece mexer uma palha. Outras em que se começam novas aventuras, outras que se fecham ciclos. Sem data marcada ou prazo de validade. A vida é para ser vivida se possível sempre em festa, rodeados por aqueles que realmente importam, por quem está sempre lá, nos bons e maus momentos. A vida é feita de acontecimentos e o que importa é que sejam felizes - no que estiver ao meu alcance tudo vou fazer para que muitas coisas boas aconteç

Parabéns Pai!

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O meu pai faz 66 anos hoje. Ele é do tempo em que o dia de nascimento não tinha de ser o dia do registo, por isso oficialmente só faz anos na próxima semana, no mesmo dia do Hugo (mais uma coincidência boa na minha vida!).  O meu pai é do tempo em que não existia a etiqueta de "famílias numerosas" porque o normal era ter muitos filhos, e não o contrário, num tempo em que ser o primogénito significava ser o "chefe de família" na ausência do pai. Com o peso da responsabilidade, do exemplo, do dever, do orgulho que representava e ainda hoje representa.  O meu pai é do tempo em que o Serviço Militar era obrigatório e fez parte de um dos muitos contingentes com missão de "paz" em África. Tem muitas históricas para contar desse tempo, que guarda como um "teve de ser", felizmente sem trauma de maior pela sorte que o serviço à padaria lhe conferiu. Apesar do tempo de serviço, nunca chegou a aprimorar os seus dotes culinários... acabou por ser "

Bem-vinda Madalena!

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Estou a escrever esta mensagem de coração cheio, com a voz embargada e de lágrimas que teimam em querer cair. De pura alegria pela enorme emoção do nascimento da Madalena, que conseguiu surpreender por tamanha resistência, mas por ter recebido esta notícia maravilhosa e já aguardada, com outra que me deixou neste estado de comoção profunda: "Como qualquer história de princesa,  no nascimento os reis convidam as fadas madrinhas para lhe atribuírem qualidades...aqui os papás acham que estas 5 fadas todas tão diferentes podiam ser as madrinhas da princesa Madalena... SIM!!!! Um convite cheio de significado, com um toque de magia que me deixa comovida, orgulhosa, surpresa, emocionada, grata... tudo num misto de emoções difíceis de explicar por palavras. Em resposta a este convite mágico, assumo o meu papel junto da equipa de madrinhas escolhidas e atribuo à pequena Madalena o Dom da Coragem . Podia escolher outros, tão ou mais importantes mas prefiro este, que acredi

Às minhas crianças

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Dizem que ser criança hoje é muito diferente do que já foi. Basta pensar na minha infância e na das minhas filhas para saber que é verdade. São outros tempos, novos meios, diferentes recursos, desafios que se impõem, numa sociedade que também mudou. Se tudo foi para pior? Não acredito! Há extremos, bons e maus exemplos, como haverá sempre, indiferente ao tempo e ao espaço. Mas no essencial, na base de tudo e naquilo que realmente importa, nada mudou. Um sorriso continua a ser um sorriso. Um abraço apertado continua a ter as mesmas capacidades curativas que tinha há séculos. Mudam-se os tempos mas não se perde a essência. É essa a lição de vida que espero ensinar às minhas filhas, às crianças da minha vida*. *Por crianças da minha vida deve ler-se todas as crianças que moram no meu coração. Felizmente ele é de uma elasticidade impressionante: Simão, Matias, Francisca, Miguel, Frederica; Maria Leonor, Maria Francisca, Duarte; Vasco, Madalena (que ainda não nasceu mas que amo como