Vamos ficar todos bem
Vamos acima de tudo ficar para a história. Uma história com estreia imposta, que apanhou todos nesta reviravolta que fez parar o Mundo. Um filme de terror mas com espaço para comédia, romance, fantasia e muita ação! Um mix de sentimentos que temos gerido o melhor possível, num dia a dia confinado às nossas casas mas conectados com o mundo, num frenesim de partilhas que nos chega a tirar o fôlego... estamos em casa mas continuamos ligados uns aos outros de forma até mais intensa do que na era pré Coronavírus (COVID-19) - novas palavras adicionadas ao dicionário e que ficam para a posteridade com consequências devastadores para a Humanidade. Atravessamos um marco histórico com o momento em que o Mundo foi obrigado a parar, mas também o momento em que o Mundo se vê obrigado a reinventar-se. Um vírus que nos rodou a vida de pernas para o ar, que nos obrigou a parar as rotinas frenéticas e a estar em casa, em família, onde tanto desejámos estar mais tempo mas sem nunca imaginar que o faríamos em Estado de Emergência global. Vivemos por isso um tempo desconhecido para todos, que traz ao de cima o melhor mas também o pior do que o ser humano é capaz. Todos os dias ouvimos histórias que nos emocionam, de tão generosas que são, outras que nos arrepiam e assustam de tamanho egoísmo...
Nunca a expressão "um dia de cada vez" fez tanto sentido, num tempo agora medido pela evolução do número de infectados, pelas horas cheias de planos e atividades para nos mantermos ocupados, numa rotina forçada que todos os dias nos desafia e põe à prova. Não saber até quando é neste momento a maior angústia, tentando a todo o custo não pensar no medo (até custa escrever a palavra que tanto tentamos dissimular) de quem este vírus possa afectar. E não me refiro ao impacto na economia, desse ninguém nos livra mas desse não tenho medo porque sei que, mais rápido ou mais lento, todos teremos a capacidade de recuperar. Já o impacto na saúde, na vida dos que amamos não tem preço... Ficamos por isso em casa, respeitando a distância física que nos pode salvar a todos, mas ansiosos por voltar a dar aquele abraço apertado que não sabemos evitar, confiantes de que aconteça o que acontecer nos temos uns aos outros. Mais do que pensar no que vem depois, importa valorizar o que temos hoje. E hoje sabemos que estamos TODOS BEM e é isso, só isso que importa!
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