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A mostrar mensagens de julho, 2017

Nas Bodas de Estanho

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Sempre tive, e continuo a ter, dificuldade em imaginar a minha vida daqui a uns anos. As projecções nem sempre ajudam a ter os olhos postos no hoje e se estamos sempre a pensar no que queremos que seja ou no que podia ter sido, sem a capacidade de valorizar o que temos agora, então o tempo vai passar e nunca vamos sentir que somos verdadeiramente felizes. Não é conformismo pensar que a vida é o que é, mas antes uma forma de estar na vida que me tem mostrado que é o caminho certo para a felicidade. Vivemos uma relação de uma vida, cheia de altos e baixos mas que continua a fazer sentido, que nos mantém juntos mesmo com as nossas imperfeições. Que seja um amor da vida toda, para a vida toda.

Aos avós lá de casa

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Hoje é dia Mundial dos Avós. São datas especiais que nos levam a pensar sobre o papel destas pessoas nas nossas vidas. Eu tive a sorte de crescer com avós cheias de vida, que viviam na mesma aldeia e que tomavam conta de nós a meias nos meses de verão. Almoço na avó de "cima", jantar na de "baixo". Da avó Natividade tínhamos sempre tudo o que pedíamos, batatas fritas em azeite que só na casa da avó de cima tinha aquele sabor tão especial. Ia connosco ao café e era sempre generosa com as guloseimas, levava-nos à rega e à Tapada cimeira para tratar dos animais, sempre bem-disposta, com vontade que o verão durasse o ano inteiro! A parte preferida era ter companhia para dormir, que entre nós íamos sorteando porque todas queriam dormir com a avó! Já na avó de baixo, a dinâmica era diferente porque sempre imperou a auto-gestão. Fazia-nos crer que tínhamos total liberdade mas pelo meio lá íamos levar as maçãs ao porco ao Vale da Vinha ou buscar os ovos à Eira. As tarefas

Parabéns maninha!

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Dizem que o aniversário é a altura ideal para resoluções, para novos começos, para mudança de hábitos, para dar início a outros projectos e a diferentes rotinas. Para se cortar com o que nos pesa e abraçar só o que nos faz feliz. Nem sempre se consegue pôr em prática pelas vicissitudes da vida mas tu tens a sorte de começar os 40 anos - logo os 40! - como poucos: com a mudança de casa, com o começo de uma nova vida a 4! Foi um processo muito lento, que sei que muito te desesperou, mas que acabou (como quase tudo na vida) por valer a pena. Tanto pela casa em si, pela localização, pelo espaço, mas sobretudo porque o processo implicou imprevistos que te levaram para mais perto de nós. Voltar a casa dos pais, depois de 20 anos fora, pode ser difícil de encaixar para a maioria mas não para nós, não para ti, a quem a família diz tudo, para quem a família é tudo.  Cresceste a sentir o peso da responsabilidade da irmã mais velha, um papel que tantas vezes te levou a fazer não o que querias,

A mãe disse

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Não tem estado propriamente calor e para quem sai de casa antes das 8h com destino à praia, menos ainda. Vestiram fatos de banho, os vestidos e a seguir os casacos. Expliquei que não ia ser um dia de muito calor por isso depois da praia, quando fossem para o parque, o melhor seria voltar a vestir os casacos. A mensagem foi igual para as duas, já do resultado... não posso dizer o mesmo. P.S. Durante a tarde não esteve assim tanto frio, sobretudo para quem anda a brincar num parque. Claro que a Carlota nem perguntou a ninguém se podia tirar o casaco (sorte não o ter largado algures..), já a Constança levou à letra a recomendação da mãe. Mais uma vez, atitude responsável/ cumpridora vs. atitude descontraída/ está-se nas tintas (e aqui que ninguém ouve... bem mais prática).

E de repente...

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A Constança está uma crescida. Recebi esta foto, tirada pelo tio João, e assim que pus os olhos nela deu-se um clique cá dentro - de repente a Constança é uma menina crescida, foram-se os traços de bebé para dar forma a uma cara doce, a um olhar meigo, a expressões de criança tranquila e feliz que é. Responsável, tímida mas segura de si e com ideias muito concretas do que quer, como e quando quer. Esta foi a 1.ª pintura que quis fazer. Já fomos a muitas festas de aniversário com as miúdas a delirarem com as pinturas faciais de todas as cores e feitios, incluindo a mana, a prima e as amigas. Mas ela... nada. Gostava de ver nas outras mas nunca teve vontade de experimentar, até ontem. Um clique que se deu nela e em mim. Um desabrochar que me deixa cheia de orgulho e de emoção, por ser mãe de uma menina tão linda, tão especial, que aos poucos tem saído do seu casulo para se revelar uma pessoa linda por dentro e por fora. 

Go Girls!

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Não sou apologista de muitas actividades extra porque por um lado não tenho carteira para isso, por outro e acima de tudo, porque sei que já passam muito tempo fora de casa. A escola que frequentam foi escolhida precisamente porque garante uma série de actividades (lúdicas e desportivas) dentro da escola, nos horários de apoio à família, que no caso das minhas filhas é das 8h30 às 9h e depois das 15h30 no caso da Carlota e 17h30 no caso da Constança até às 18h30, hora a que conseguimos ir buscá-las. Juntar a esta carga horária outras actividades não só é difícil logisticamente como requer muita força de vontade, leia-se: energia. A dança é 2x por semana e a seguir à escola e só acontece porque, primeiro a Carlota, depois a Constança, pediram para ir. São as amigas da escola, pequenas e crescidas à mistura, fica perto da escola/casa e tem uma mensalidade aceitável. Não acho que tenham um talento nato mas sei, sinto, que dançam com gosto. São alunas empenhadas, ajuda na concentração (so

Madalena e as suas Fadas Madrinhas

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Partilhei aqui a forma inesperada e original como recebemos o convite para madrinhas da Madalena. Desde esse primeiro momento que mais um laço nos une de uma forma (quase) mágica. Se aos pais coube a difícil e importante decisão da escolha de quem para sempre manterá um laço afectivo com a sua filha, já a nós - as escolhidas - cabe a responsabilidade de receber este dom de coração, cada uma à sua maneira, oferecendo o que de melhor tem para dar. Madrinha Telma: o dom da Coragem! Madrinha Caty: o dom da Alegria! Madrinha Carla: o dom da Resiliência! Madrinha Cris: o dom da Bondade! Madrinha Andreia: o dom da Sabedoria! Madalena, que a todos os dons recebas de coração!

Jardim de Infância em pleno

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Ontem foi a reunião da Carlota, do 1.º ano de Jardim de Infância. Começou muito devagar, com uma postura muito diferente dentro da sala e fora dela. Cheguei a ficar preocupada mas ouvi, como se deve ouvir sempre, a opinião da educadora e deixei andar (com alguma angústia, confesso...). Fui perguntando e recebia respostas curtas mas sempre com um "tudo bem, brinquei com os amigos". O tempo passou e o clique chegou. Na reunião do 2.º período a descrição da avaliação já falava numa criança participativa e empenhada, mais sociável em sala e, para meu grande espanto, muito bem comportada, organizada e educada. Música para os meus ouvidos!!! Fora da sala teve muitos momentos de "reflexão", pela atitude desafiadora, pela mania de querer estar/ser como as "crescidas", mas felizmente com a noção de que dentro da sala a responsabilidade era outra. A capacidade de separação, de mudança de atitude, de adaptação ao ambiente foi incrível! Muito pelo trabalho dos adulto

1.º ano - já passou!

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A entrada na escola é um ano muito especial. Tinha muitas expectativas mas mais medos ainda. Medo da adaptação, medo da frustração, medo da pressão, medo dos novos desafios e do desconhecido,  medo da competição feroz, medo da inclusão, ou melhor, da falta dela... Foram muitos medos a gerir, uns que fui expressando, outros que guardei lá bem fundo mas que felizmente foram desaparecendo à medida que o ano foi avançando. Pontos muito favoráveis: ter feito a pré na mesma escola e por isso já conhecia o espaço, as dinâmicas e as pessoas; ter ficado na turma da professora Céu, que faz parte do quadro da escola/agrupamento e que por isso, se tudo correr bem, os irá acompanhar até ao 4.º ano; mas sobretudo ter tido uma professora que mais do estabilidade lhe deu segurança para aprender, passou regras construtivas e inclusivas, numa turma com 2 alunos com necessidades educativas especiais; conseguiu ensinar sem massacrar, com trabalhos para casa por vezes intensos mas que vejo agora, à distân

Picnic dos Amigos

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Há uns anos, quase por acaso, descobrimos o parque desportivo de Mafra num passeio com os compadres Dora e Luís. Os miúdos adoraram, sobretudo pela tranquilidade que o espaço transmite, sem fila para escorrega ou baloiços. Nós, pais, ainda gostámos mais porque sendo um parque plano dá para ficar à conversa mas sempre com campo de visão limpo para ir espreitando as aventuras dos pequenos. No ano seguinte organizámos um picnic com o grupo de amigos, que também gostaram muito, apesar de não ficar propriamente perto compensa pela qualidade - tem sobra, tem espaço para jogar a bola, tem baloiços e cenas várias para pequenos e mais crescidos e muito, mas muito espaço verde, para se estar à vontade sem ter magotes de pessoas em cima. Melhor ainda, tem um café à entrada, com esplanada e longe do espaço do parque, o que significa que dá para uma "escapadinha" em off (seja dos filhos, seja dos maridos e vice-versa). Eles dizem sempre que nós demoramos mais de 1h, quando na verdade são