Adeus Jipe
Vendemos o jipe. Voltámos a anunciar e desta vez recebemos telefonemas e uma visita. Quem veio ver gostou do que viu e voltou para o levar. O valor da venda nunca reflecte o quanto se investiu para o transformar, menos ainda o valor sentimental que tinha para nós. Comprámos no ano em que casámos, e já lá vão 10 anos, e foi muitas vezes o carro do dia-a-dia, como na semana passada, quando o meu carro precisou de ficar na oficina para uma reparação mais demorada. Mas foi acima de tudo o carro da aventura, tanto para o Hugo nos muitos passeios TT que fez, como para a família. O destino raramente importava porque o objetivo do passeio era "andar de jipe". Essa adrenalina, esse sentimento de aventura foi o melhor de tudo. As miúdas só vão saber logo à noite (o Hugo ficou de filmar as reacções) e sei que vão ficar tristes e lhe vão sentir a falta. Vamos todos. Mas a vida é mesmo assim, cheia de ciclos, de novas fases, de recomeços e adaptações. Ter um carro extra, só para andar de vez em quando ou para "passear ao fim-de-semana" simplesmente não se ajusta no nosso estilo de vida, menos ainda no orçamento familiar - que no limite é quem decide o que é de facto essencial. O jipe não o era e por isso não fazia sentido continuar a fazer parte das despesas anuais, quando a cada ano (ou nova aventura) que passava ia somando reparações e custos de manutenção. Ficam as memórias do quanto nos divertimos e do quanto o aproveitámos!
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