a caseira

Diz-se que os amigos - os verdadeiros - são a família que escolhemos. Concordo mas também acho (cada vez mais e depois de uma pandemia pelo meio) que os amigos são quem sabemos e queremos manter por perto porque ser amigo daqueles de verdade não é tarefa fácil, menos ainda amizades de longa data - como é a nossa. Já cá cantam 20 anos e muitos se seguirão porque estamos dispostas a estar lá umas para as outras, nos bons e maus momentos, na saúde e na doença, nas amarguras e nas conquistas, nas desilusões e nas reconquistas. Estamos dispostas a ter trabalho, a dar trabalho e a meter-nos em trabalhos umas pelas outras porque sabemos o que temos é especial. Estamos a fazer um trabalho incrível que se reflete na amizade que une maridos, filhos, amigas das amigas, num crescendo de momentos únicos e só nossos. E têm sido tantos e sempre tão... memoráveis! 

Temos a sorte de para nós o sentido do Natal estar muito presente nas nossas vidas, nas nossas rotinas, no nosso ADN. Mas celebrar o Natal não deixa de ser um momento muito especial porque se festeja o que nos une, o que já passou, o que vivemos mas também o tanto que está por vir. A noite é aguardada por todos, com a geração mais nova a fazer desta noite ainda mais mágica, ainda mais cheia de alegria e de amor, mas também de surpresas, de excitação e de sonhos que se realizam. Sempre especial e este ano não foi diferente. Que seja sempre Natal na vida de todos!

Hoje celebramos o 70º aniversário da melhor mãe do mundo! Para muitos pode soar a frase feita mas para mim, para as minhas irmãs e mano, e a todos os que a conhecem, bem sabem que é a mais pura verdade. Mãe de sangue mas mãe acima de tudo mãe de coração, de corpo e alma. Com total dedicação à família, sempre nos ensinou pelo exemplo que é no trabalho, na entrega, na humildade, na dedicação, na resiliência, na amizade e na verdade que nos devemos focar. Tudo o resto virá com o tempo, com o mérito, com o reconhecimento, com a aprendizagem que a vida se encarrega de dar. Somos muito gratos por te termos nas nossas vidas, muito abençoados por te termos como Mãe da nossa família - a melhor do mundo, não fosse ela fruto da melhor do mundo!

A mana Andreia é a pessoa que conheço (e conheço muitas pessoas!) que mais gosta de fazer anos. E, por incrível que pareça, nem o 'peso' dos 40 lhe roubou essa energia. É por isso, e por tantos outros motivos, que a admiro muito - a capacidade de não esmorecer mesmo quando a (porra) da doença teima em avançar; mesmo quando a rotina da escola recomeça, e encaixa treinos de futebol todos os dias da semana; mesmo quando o marido tropeça e deixa de ser o super apoio de que tanto precisa; mesmo quando a dependência dos que mais ama se torna cada vez maior, encolhendo o coração de preocupação e roubando as já tão poucas horas de sono tranquilo. A vida tem sido ainda assim generosa, permitindo que nunca lhe falte o mais importante, o principal motor da sua inesgotável energia: a amizade e o carinho dos seus.  Quem conhece, sabe que não há cá meias medidas, ou se está ou não se está na vida da mana e é essa intensidade que atrai e mantém as pessoas por perto.  É por isso que hoje dou o

Fazer anos no Verão tem muitas vantagens mas para quem gosta - adora - os amigos da escola, como é o caso da Carlota... acaba por ser difícil de gerir! Todos os anos tem sido diferente, sempre já de férias mas umas vezes por cá, outras já fora. Desta vez, e depois de ano e meio de pandemia e de tantas limitações, decidimos festejar em casa e chamar as (poucas) amigas que em pleno mês de agosto, por sorte, estavam por cá. O grupo foi pequeno mas juntando família e amigos próximos... sempre casa cheia! E é assim que gostamos, é assim que para nós faz sentido celebrar mais 1 ano de vida.  A nossa Totas chega aos 9 cheia de energia, ainda com mais estilo e cada vez mais sociável - sempre pronta para sair, para passear, para fazer coisas, para conhecer pessoas, para agradar a todos. Um doce de miúda, com um coração de manteiga e um amor à família e ao sentido de família tão especial. Orgulho infinito de ser mãe desta miúda linda, por fora e por dentro 💓

A partir de certa idade começa a sentir-se o peso da idade. Quando se tem uma doença degenerativa... esse peso é ainda maior. É por isso que vale a pena valorizar tudo o que já foi, celebrar tudo o que o passado nos deu para que possamos viver o presente de forma estoica e enfrentar o futuro com energia e coragem para o que tiver de ser. Somos muito abençoados por termos a família que temos e isso devemos ao nosso Pai - o pilar deste clã, que nos ensina, pelo exemplo, que nunca se desiste. O trabalho alimenta o corpo mas é na esperança e no amor que o espírito vive. São 70 anos cheios de vida, de tanta energia, de histórias que conhecemos de cor e de tantas aventuras que nos fazem acreditar que, venha o que vier, o que construímos ninguém, nenhuma doença, nos tira.  Muitos parabéns querido Pai!

Desta vez não me vou repetir. Não vou dizer que o tempo está a passar muito depressa e que de repente já são mais de uma dezena de aniversários e que não tarda tenho a filha mais velha em plena adolescência.  Vou (tentar) focar-me na parte boa, na miúda gira e crescida que a cada novo ano vejo desabrochar. Uma verdadeira flor, cheia de luz e cor, sensível e delicada mas ao mesmo tempo forte e resistente, capaz de aguentar novos desafios com elegância e uma tranquilidade que conseguem surpreender.  E como sabe bem ter já uma filha que me acompanha nas caminhadas, que partilha ténis e camisolas, que adora ler e falar sobre o sentido das histórias, que consegue expressar-se através da escrita de uma forma que me chega a comover!  Tão feliz que fico, e tão realizada também, por saber que tenho comigo uma companheira para a vida, que mais do que me acompanhar, me inspira a ser sempre mais e melhor para continuar a ser exemplo e certeza de que podem vir as pandemias e os desafios que tiverem

O nosso 'palhacinho de serviço' faz hoje anos - 8 anos, símbolo de infinito em ano em que a paciência de todos é cada vez mais finita... não foi, nem é o aniversário desejado mas é o possível e, olhando em retrospetiva, até não nos podemos queixar: foi um ano diferente, cheio de desafios que preferíamos não ter conhecido, mas também repleto de superações, com alguns passeios pelo meio, momentos que nos fizeram esquecer este contexto de pandemia que começámos a sentir na pele precisamente há 1 ano. Repetir aniversário com as mesmas limitações podia ser uma frustração mas não o é porque estamos a falar do nosso Miguel - o miúdo sempre bem-disposto, com um mau perder terrível mas com um coração gigante e uma ternura que derrete corações. Esperamos que este aniversário celebre o infinito que ainda temos para viver; o infinito que ainda havemos de celebrar; o infinito amor que nos liga a todos e a infinita felicidade que tem sido ver-te crescer. Muitos parabéns querido Gingas! Gosta

A nossa miúda do meio já faz 10 anos! Durante umas semanas tem a mesma idade da prima Constança - quem diria que mana mais velha e mana mais nova juntariam barrigas?! Foi e tem sido uma Graça de Deus podermos fazer este caminho juntas: eu toda razão; a mana toda coração.  Somos muito diferentes e também as nossas primogénitas o são - Constança com toda a sua tranquilidade vs. Francisca toda ela cheia de energia! São opostos em muitas coisas mas encontram sempre sintonia nas brincadeiras, nas partilhas e no amor à família! E nessa dedicação a Francisca é de uma intensidade que supera qualquer um... a luta para conseguir ficar a dormir cá em casa, o choro em soluços que sempre aparece quando percebe que o tempo está quase a terminar e que a hora de regresso a casa está eminente e o abraço mais forte do mundo, com tremeliques e tudo!  Uma década que passou bem rápido mas que nos deixa de coração cheio porque, apesar deste contexto que vivemos e que nunca imaginámos poder enfrentar, sentim

Há dias mais cinzentos, não só pelas nuvens esperadas no inverno... dias em que nos damos conta que o tempo passa, que a vida é efémera e que isto tudo pode passar (e vai passar!) mas já nada vai ser como antes. A energia arco-íris já lá vai. Agora sabemos que uma pandemia não passa assim tão rápido, menos ainda sem deixar rasto. E o rasto que deixa é de perda - seja pelas mortes de tantas pessoas, seja por tudo o que não estamos a viver, a sonhar, a planear, a concretizar, a deixar de festejar...  Um dia a seguir ao outro, numa contagem que se vai perdendo e em dias que se tornam iguais, sem planos e sem cor. Um cinzento que se tenta instalar, aproveitando o estio do inverno, que vai ficando e moendo. Falta sol mas sobretudo a força anímica para contrariar este ciclo, esta 'nova rotina' que ganha espaço à conta do espaço que tanto falta...  É preciso focar nas coisas boas, valorizar a possibilidade de manter a atividade profissional (e cerebral) através do teletrabalho; ter um

Este ano já sabia que seria diferente. Nada de viagens, nada de passeios, nada de festas, nada de pessoas. Ainda assim, preferi manter a tradição e não trabalhar no meu dia de anos, para poder estar mais descontraída e disponível não só para os de casa, como para os que me ligam sempre no meu dia. Este ano não foi exceção mas superou todas e quaisquer expetativas que podia ter criado para um dia, mais um, de confinamento.  Começou com a entrega inesperada de pequeno-almoço, enviado pelas minhas pessoas (We.), para abrir o apetite de um dia que ficou marcado pelas surpresas preparadas com tanto amor e dedicação das minhas queridas filhas (sobretudo a Constança!) e mana-vizinha.  Estava eu ainda meio atordoada com a entrega espetacular, quando fui - literalmente - inundada pelas muitas mensagens-testemunhos, recolhidos sem levantar a mínima suspeita e compilados pelo meu sobrinho-afilhado Simão, que quis retribuir o gesto recente que, com todo o amor lhe dedicámos.  Fiquei como que anest

A mana lançou o repto no Facebook, e eu cá para mim pensei: deves ter muita sorte... mas não é que teve mesmo?! Prova de que tentar não custa, prova de que a generosidade ainda anda por aí e prova que a felicidade se faz de pequenos gestos. Tudo gratuito, tudo sentido, tudo certo.  O nosso agradecimento enorme a todos os que contribuíram para um aniversário memorável, quando tinha tudo para ser recordado pelas piores razões, no meio deste confinamento/ isolamento sem fim... São 26 mensagens, de jogadores de futebol e de futsal, ex-jogadores, dirigentes, comentadores profissionais e de bancada, que de uma forma ou de outra espalham a magia do futebol e inspiram jovens como o nosso Simão a sonhar bem alto. Muito gratos!  

O nosso primogénito faz hoje 14 anos! Nasceu num ano tão feliz e logo no 1.º mês do ano em que casei, a marcar 2007 como o ano de novos começos em tantos aspetos das nossas vidas, em especial na  minha. Não terá sido seguramente só por isso que o seu nascimento me marcou de uma forma tão intensa. Ser o 1.º sobrinho e o 1.º afilhado tornou a nossa relação maternal, com um respeito e autoridade que sei que me tem sem ter sido imposto, ao mesmo tempo que nos liga uma sintonia crescente, numa espécie de entendimento mútuo em que as palavras são meros acessórios. Sinto-me verdadeiramente orgulhosa do caminho que tem feito, mas acima de tudo feliz por sentir que é um exemplo e uma inspiração na vida das minhas filhas, das primas e do seu mano. Ter a responsabilidade de ir à frente não é fácil mas desde sempre que o seu carisma, carinho e dedicação à família tornam esta missão num exercício simples e natural. Ler a mensagem que a Constança lhe escreveu hoje espelha tudo, de forma simples e di

A nossa Fidi faz 4 anos. Não vamos festejar juntos como sempre fazemos e como tanto gostamos mas... saber que estamos todos bem e de saúde, em pleno pico máximo da pandemia, é para dar Graças*! Havemos de fazer a festa que a nossa caçula merece porque se há pessoa que gosta de festas e de casa cheia é esta miúda com ar tímido mas com fogo dentro! De ideias fixas e com gostos muito apurados, consegue (quase) sempre levar a sua avante, com um olhar tão determinado que não deixa grande margem para negociação. Vale-lhe o ar doce e a voz de desenho animado para ultrapassar as contrariedades e conquistar corações! Somos todos verdadeiros fãs desta miúda com alma de leão 💚 *Damos Graças sim, mas não deixamos de estar tristes e furiosos com este estado de alerta em que vivemos, que nos vai consumindo energias e tirando momentos que deveriam ser vividos e partilhados hoje - não em data a definir... mas pronto. É aceitar e acreditar que melhores dias virão e que não tarda teremos a nossa liberd

Há primos e primos. No caso da minha família, com os 8 irmãos do lado da mãe e os 6 do lado do pai, primos é o que não me falta. Só do lado materno somos mais de 20 diretos, a acrescentar os maridos/ mulheres e filhos que mais do que duplicam este número. São muitos primos, de todas as idades e feitios, espalhados por Portugal mas também além fronteiras e é engraçado que é precisamente com primos que vivem longe que hoje em dia tenho mais contacto, e afinidade também. Não em desprimor - palavra que neste contexto até ganha duplo sentido - mas porque simplesmente aconteceu, simplesmente a vida assim o quis.  Com quase todos tenho muitas memórias dos verões e natais na aldeia berço dos nossos pais, de festas de casamentos e batizados (e houve uma altura em que foram mais do que muitos e todas seguidas!), mas funerais também... o da nossa querida avó Luz em particular. Apesar do momento de dor e perda, acabou por ser das memórias mais fortes e doces que vou guardar para sempre, numa noite