Também quero muita coisa...

Passos quer mais bebés portugueses. E o que fez o Governo nos últimos 3 anos? - Dinheiro Vivo

A taxa de natalidade decresce todos os anos. Todos os anos se fala que morrem mais pessoas do que nascem bebés. E o que é que se tem feito sobre o assunto?! Podem ler na notícia aquilo que todas as famílias sentem no bolso: tudo piorou. Eu por mim falo: não tenho direito a abono; não noto nenhum impacto positivo no reembolso do meu IRS; não tenho qualquer benefício no pagamento dos colégios das minhas filhas; o rendimento lá de casa diminuiu com os últimos cortes orçamentais; os gastos mensais fixos como a luz, a água, o gás têm aumentado todos os anos; já para não falar da conta de supermercado ou de vestuário! Tudo isto me tem conduzido a um estado de revolta permanente contra este sistema/estas políticas que nos fazem ter uma vida tão limitada! Não há espaço, ou melhor recursos, para se idealizar uma família maior; para se pensar em actividades extra-curriculares; para programas diferentes nos fins-de-semana ou nas férias... tudo tem de ser muito bem pensado, muito ponderado e sobretudo calculado. E eu sei que nem me posso/devo queixar muito porque tanto eu como o Hugo temos empregos estáveis e dos quais gostamos. Sei que há muitas famílias em que a situação não é de revolta mas sim de sufoco, com desemprego ou condições precárias que elevam este drama ao quadrado... 
Mas aqui falo do que sinto, do meu mundo, do mundo que hoje conheço. Muito diferente do mundo ideal, do mundo em que gostava de viver. Falo de uma sociedade mais justa, onde quem trabalha e desconta tudo certo também tem direito a apoios ou benefícios básicos como tectos ajustados nos escalões do IRS para a educação e saúde ou direito a abono de família ou simples apoio para actividades extra-curriculares. Onde os valores da família são o mais importante e por isso a gravidez, a licença de maternidade e a disponibilidade para os filhos não é vista como um "contra-tempo" na vida profissional... onde a família está de facto em primeira prioridade e por isso o tempo para estar em e com a família é maior do que o tempo que se passa no emprego... em que o que se ganha chega para viver para além do básico... enfim... onde se trabalha para viver e não, como hoje, se vive para trabalhar.
Mas é aguardar e esperar para ver que medidas de apoio à natalidade teremos num futuro próximo. Se forem extraordinárias talvez cumpra o sonho de ter 3 filhos... quem sabe?!?!

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