Será apenas uma questão de gestão?!

Acho que não... falo sobre o tempo que os pais (mãe ou pai, em conjunto ou em separado) conseguem ter só para si. Achava eu que tinha pouco tempo só para mim ou para estar só com o marido, quando participo numa reunião de grupo com outras mães e percebo o quanto sou "diferente"... as idas semanais ao cinema só com as amigas provocam sempre uma reacção do género: "mas todas as semanas?!"; "não sei como consegues"; "impensável"; "granda espírito" e mais umas quantas exclamações do género. Sinceramente valorizo este programa mas nem acho que seja assim a loucura! Se pensarmos bem, trata-se apenas de umas horitas, bem coordenadas com o marido e uma gestão +/- planeada da coisa. Mas se calhar sou eu que simplifico de mais ou as outras mães que complicam de mais!
Depois quando passámos para a pergunta "então e fins-de-semana só os 2?" fui quase das únicas a responder que sim. Não que o faça assim com grande regularidade, até porque a minha condição económica infelizmente não o permite, mas já o fiz e planeio voltar a fazer! E isso não significa que ame menos as minhas filhas, ou que seja uma mãe menos galinha. Sabe Deus o quanto pensei nas minhas filhas quando fomos a Londres, sobretudo quando íamos no avião e chega aquele sentimento "então e se esta merda cair?!", mas são segundos! Respira-se fundo, foca-se a mente nas coisas boas e pronto. Passa. E o que fica?! Um fim de semana inesquecível, na companhia do homem por quem me apaixonei lá bem atrás... e isso sabe tão bem! E enche o coração para mais uma bateria de meses em que não dá para repetir a experiência. Acredito que uma relação precisa de quebrar rotinas, de momentos a dois, de tempo para se conversar, de ouvir e ser ouvida. Tempo a dois. Tempo para nos lembrarmos de quem somos, antes de começarmos a nossa "carreira" enquanto pais. E acredito que o resultado disto beneficia toda a família porque pais felizes e de bem com a vida educam crianças felizes, que crescem a saber o que é o amor.
Por isso, e resumindo a conversa, será apenas uma questão de gestão? Eu acredito que não. Acho que é sobretudo uma questão de postura, de convicção e de acreditar que tudo se consegue. Que vale sempre a pena ser FELIZ. Ou pelo menos tentar... e ir tentando!

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