São mais do que memórias

Tive a sorte de ter uma infância e uma adolescência feliz e hoje, quando penso no meu percurso, sei que também tive a sorte da minha vida cruzar a vida de pessoas incríveis, que me ajudaram a ser quem hoje sou. E estas pessoas não são só os amigos e a família. São também pessoas que passaram de uma forma mais ténue, mas que tiveram a capacidade de deixar uma marca. A sua marca. Uma delas foi a catequista Isabel Gaspar que pegou num grupo com jovens tão diferentes entre si e que conseguiu fazer dele um grupo de jovens com valores, com princípios, com fé e com coragem para olhar o mundo de frente, sem medos de dar voz aos seus pensamentos e crenças. Soube guiar-nos com pulso forte, com convicções construtivas, com espiritualidade mas sobretudo com a capacidade de nos ouvir e de nos fazer pensar por nós próprios. O que não é tarefa fácil, quando se está na fase da adolescência, em que tudo o que pensamos são consideradas verdades absolutas... 
Cruzei-me com esta senhora tão amorosa este sábado depois da missa, e só agora, depois de tantos anos, fiquei a saber que eu a minha querida amiga e colega de catequese Patrícia Pica lhe causámos palpitações nervosas com a nossa capacidade de argumentação sobre o tema do aborto. Diz que a marcámos para sempre, pela nossa persistência, pela força dos nossos argumentos, pela coragem de levantar constantes porquês. Também a mim me marcou, não esta sessão em particular, mas a oportunidade que tive de crescer junto de pessoas como estas, que ensinam a Verdade de Deus de coração aberto e sempre prontas para ouvir o outro. Sei que é por isso que a Fé nunca me abandonou. Obrigada Isabel por ter plantado a semente da Fé no meu coração e Obrigada amiga Patrícia me manteres contigo nos caminhos da Fé. 

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