Nisto concordo

Ter uma irmã professora de 1.º ciclo, mais um grupo gigante de amigos, todos professores, contribuiu bastante para que muitas opiniões deste psicólogo não me descessem na garganta... mas hoje dei-lhe o benefício da dúvida e li a entrevista, na íntegra, publicada no jornal i. E tenho de reconhecer que algumas das opiniões batem certo. 

Mais trabalhos a tempo parcial ou vantagens no IRS serão a solução?
Haverá muitos aspectos, mas o financeiro é crucial. Um filho custa muito dinheiro por dia. Às vezes, acho que as pessoas que têm responsabilidades políticas não são tão sérias como deviam ao falar destas coisas. Gostava que explicassem aos cidadãos como é possível ter dois ou três filhos entre os zero e os seis anos com os jardins-de-infância a custarem mais por mês do que uma universidade privada. A ideia de que educamos os nossos filhos nas lojas dos 300 é algo que as Finanças insistem em imaginar, mas que é um absurdo. E acho inacreditável que, de há muitas Presidências da República para cá, isto nunca tenha sido um compromisso de regime. 
...
Acho uma patetice separar o ensino obrigatório da educação infantil, que devia ser tendencialmente gratuita e para todos. Devia ser proibido ensinar a ler e escrever nos jardins-de-infância. De repente, estamos a espatifar um recurso fundamental: não é pelo facto de as crianças serem bons macacos de imitação que aprendem a pensar e, ao ensinar escrita e leitura aos quatro anos, estamos a impedi-las de ter essa experiência profunda na idade certa. Acho que devia ser proibido haver turmas de primeiro e turmas de segundo nível e ser possível haver escolas só de raparigas e só rapazes.

Entrevista completa no jornal i, aqui!

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