Leituras em dia
Diz que quem lê muito gosta de escrever e vice-versa. Acredito que esteja relacionado porque gosto tanto de ler como de escrever. A diferença é que escrever dá muito mais trabalho!!! É só por isso que não me dedico mais a esta atividade que gosto tanto. Requer tempo, concentração, dedicação, capacidade de síntese e alguma graça também. Até ver não reúno todas estas qualidades para fazer disto algo mais sério. Já a leitura é outra conversa! Adoro ler. A única coisa que me faz voltar para trás é esquecer-me do livro no carro ou na agência. Andar de metro sem livro é coisa que já sou incapaz. Consigo abstrair-me da confusão, do tempo de espera, dos odores e humores das pessoas que por vezes respiram praticamente em cima de mim. Andar de transportes públicos tem muitas desvantagens mas também assegura uma viagem em que a minha cabeça pode estar noutro sítio qualquer, conforme a história que estou a ler. Essa mais valia tem contribuído para aturar o estado miserável do serviço do Metro, responsável em grande medida pela enorme velocidade a que tenho lido livros, colecções seguidas em menos de nada. Vou ali, de pé ou sentada, com o livro aberto e com o meu cérebro em viagem por outros tempos, regra geral pelo império romano de Júlio César ou pelo mundo fantástico do nascimento da Bretanha ou ainda sobre tempos de Reis e Rainhas. Livros históricos e romances de época ou do mundo da fantasia são os géneros preferidos, mas de vez em quando, e conforme os empréstimos que vão surgindo, leio de tudo um pouco. Só este ano, devorei a colecção Guerreiro de Roma, os 3 volumes de seguida; os 2 livros da Série Blackthorn & Grim de uma das minhas escritoras preferidas, Juliet Marillier e estou agora a ler - ou melhor, a devorar - o mais recente da Isabel Stilwell, "Isabel de Aragão- entre o céu e o inferno" que conta a história da nossa rainha Santa Isabel. Li os anteriores, Filipa de Lencastre, Catarina de Bragança, D. Maria II, D. Amélia e D. Teresa e vou querer voltar a lê-los, seguindo agora uma ordem cronológica para dar outro sentido a estas histórias, que afinal são também a nossa. Abençoado o dom da escrita, que consegue imortalizar feitos, reviver outros tempo, imaginar outras vidas e fazer-nos sonhar. No balanço do ano tem sido praticamente 1 livro por mês e com o aproximar da feira do Livro, que arranca já no próximo dia 1 de junho mesmo aqui ao lado, sei que a contagem vai continuar veloz!!!
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