Mãe, nasceu para se sentir culpada
A teoria não é minha, mas partilho inteiramente deste sentimento, desta sensação de culpa constante. Ser mãe é de facto o melhor do mundo, mas ser mãe é também sinónimo de estar sempre com o coração nas mãos, por um motivo ou outro. Já diz o velho ditado que "quem tem filhos tem cadilhos" ou outros tantos que querem dizer o mesmo: a partir do momento em que uma pessoa gera um ser cá dentro, pronto. Está feito. A preocupação é constante, o aperto no peito está sempre lá - pode ser um aperto de simples alegria ou orgulho ou um aperto daqueles que dói tanto que as lágrimas surgem mesmo sem serem convidadas. E no limite, ser mãe é isto: é estar sempre preocupada e se alguma coisa der para o torto nem nos damos ao trabalho de procurar culpados: somos sempre nós, ou porque não fizemos a escolha certa ou porque não conseguimos prever o óbvio, ou não antecipámos algo que estava mesmo à nossa frente...
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