Sabemos que um dia acontece mas tentamos não pensar (muito ou nada) nisso. Não estamos preparados para a morte, nem para o seu anúncio. Preferimos focar a atenção nos problemas, nas doenças, nas rotinas, nos porquês mas nunca, ou muito raramente, paramos para aceitar o inevitável. Seja pela doença, seja pela idade, seja pela força das circunstâncias, por tudo ao mesmo tempo ou simplesmente por uma fatalidade, consegue sempre, e ainda assim, chocar. É assunto tabu, sobretudo com as crianças, que vivem cada vez mais em bolhas que os levam a viver uma vida sem sacrifícios sentidos, sem angústias sérias, sem contrariedades - todas absorvidas pelos pais que na vã tentativa de os proteger de tudo o que magoa, de tudo o que dói bem fundo, de tudo o que deixa marcas, os transformam em pessoas que se acham invencíveis e indestrutíveis, qual super-heróis. Que os leva a dar tudo por garantido, incluindo o bem mais precioso que todos temos - a vida. Acham que os avós, os pais, os tios, os amigos