Mães, deitem fora a culpa
Dos mil estudos que se noticiam por dia, há aqueles que são construtivos e que acima de tudo apontam um caminho. "um estudo recente da Harvard Business School sobre os filhos de mães que trabalham, com um universo de 13 mil mulheres e 18 mil homens, de 24 países desenvolvidos, é a cereja no topo do bolo. As mães-trabalhadoras são tão competentes que as suas filhas têm quatro vezes e meia mais probabilidades de estarem empregadas, ocuparem cargos de chefia (mais 33%) e de ganharem mais (23%) do que as mulheres cujas mães ficaram em casa a tempo inteiro. Quanto aos filhos, são homens que se ocupam mais dos seus próprios filhos e dividem as tarefas domésticas."
Ser mãe e trabalhar não é fácil, aliás muito longe disso... mesmo as que ficam em casa, ou porque tem mesmo de ser ou por opção familiar, muito têm a fazer - em casa o trabalho nunca falta, ainda diz a minha mãe! Foi aliás com esse o exemplo que cresci: nunca vi a minha mãe sentada a ver televisão ou mesmo a tricotar durante o dia. Sempre com mil tarefas, as que precisam mesmo de ser feitas e as outras todas que inventa, que faz por gosto, sempre de um lado para o outro. Mas na nossa geração o ficar em casa é cada vez menos comum e em vez de isso ser encarado com uma evolução natural dos tempos, muitas vezes é visto como uma coisa má, que prejudica o papel de mãe, que nos faz sentir culpadas, que nos faz não querer ter mais filhos com medo do pouco tempo que temos para lhes dedicar. A verdade é que ficar em casa ou ser uma profissional com horário das 9h às 18h pode ser igual porque o que conta é a atitude, é o exemplo que se dá mas acima de tudo o amor que se põe em tudo o que se faz com e pelos filhos.
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