Verde, código, verde

Tem sido o programa das últimas 5.ªs feiras: almoçar com a amiga Dora e fazer umas compras no shopping. É o chamado programa verde, código, verde! Porque coisinhas para comprar nunca faltam... sobretudo quando se tem filhos. Mesmo que sejamos nós a precisar de umas roupas novas, as prioridades acabam sempre por ser os miúdos... e a verdade é que quando saímos com um propósito de comprar coisas para nós, quase sempre acabamos de mãos vazias porque não vimos nada que nos agrade. Já quando saímos sem intenção, e sobretudo sem dinheiro para gastar, vimos sempre mil coisas giras que queremos e precisamos mesmo! E não há nada que me irrite mais do que sair disposta a gastar dinheiro, a saber exactamente o que preciso para depois não encontrar nada que realmente goste ou, pior, não haja o meu tamanho... já me aconteceu mais do que uma vez e, pior, sair com o Hugo disposto a presentear-me com o que quiser para depois me dar um ataque de esquisitice ou de indecisão e acabar de mãos a abanar e com um humor de cão... é o que dar ser pobre, porque quem tem dinheiro assim sem ter de o contar não precisa fazer escolhas ou de morder o lábio porque não pode ter tudo o que quer. O que me consola no meio disto tudo é que até lido muito bem com este tipo de frustração. Posso até ficar triste durante um tempinho mas passa sempre e nunca me tira o sono ou me deixa de coração apertado. Continuo a acreditar que o dinheiro não é tudo na vida e que mais vale um roupeiro menos composto do que uma vida vazia de afectos.

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