Que em nada são iguais! Cada uma no seu estilo, tão diferentes entre si. Apesar das diferenças são inseparáveis. Que se mantenham assim pela vida fora: fiéis a si próprias mas para sempre unidas.
São 11 anos de Totinhas, a nossa mais nova que nos enche de mimos, de sorrisos, de boa energia, de pura descontração, de muito estilo e infinita paixão por doces. Digo algumas vezes, meio a brincar, que se tivesse sido a 1ª, seria filha única! Não no mau sentido mas por ser capaz de nos absorver de tal maneira que teria sido desafio suficiente para mãe e pai! Mas 'calhou' vir a seguir à nossa Constança, o que nos faz sentir ainda mais desafiados porque o que se aplica a uma, não se aplica à outra; porque o que uma gosta, pode ser o oposto do que a outra adora; porque se achamos que estamos a fazer bem com uma, pode ser precisamente o contrário do que a outra precisa. São diferentes em tantas coisas mas no amor que sentem uma pela outra... parecem-me par perfeito! Pelo que só tenho a agradecer ter-me calhado em 'sorte' esta dupla perfeita, com a mais nova a provar que o amor é mesmo elástico, que conseguimos tudo que o queremos, desde que saibamos chegar lá - e se há pes...
A teoria não é minha, mas partilho inteiramente deste sentimento, desta sensação de culpa constante. Ser mãe é de facto o melhor do mundo, mas ser mãe é também sinónimo de estar sempre com o coração nas mãos, por um motivo ou outro. Já diz o velho ditado que "quem tem filhos tem cadilhos" ou outros tantos que querem dizer o mesmo: a partir do momento em que uma pessoa gera um ser cá dentro, pronto. Está feito. A preocupação é constante, o aperto no peito está sempre lá - pode ser um aperto de simples alegria ou orgulho ou um aperto daqueles que dói tanto que as lágrimas surgem mesmo sem serem convidadas. E no limite, ser mãe é isto: é estar sempre preocupada e se alguma coisa der para o torto nem nos damos ao trabalho de procurar culpados: somos sempre nós, ou porque não fizemos a escolha certa ou porque não conseguimos prever o óbvio, ou não antecipámos algo que estava mesmo à nossa frente...
Tenho oficialmente uma filha a entrar na adolescência! E tenho para mim que vou ter a tarefa muito facilitada, a julgar pelos 13 anos em histórico. É certo que vão mudando, que vão crescendo, que vão ganhando personalidade. Tenho visto isso tudo e continuo a dar Graças por esta filha mais velha, que me vai ensinando que o ser-se reservado não é sinónimo de se ser apático ou pouco social. Pelo contrário! Tem relevado uma empatia crescente, um poder tipo íman, sobretudo a quem tem personalidades opostas, precisamente por sentir que tem ali um porto de abrigo, uma calma e serenidade que acabam por ser contagiantes. Pode parecer só orgulho de mãe, mas quem conhece sabe e reconhece que é tudo verdade. Tal como a Constança: uma menina da verdade, com o coração a bater do lado certo. Bem sei que a adolescência trará novos desafios mas estando a semente plantada e já com raízes tão sólidas, dificilmente se perderá. Vamos regá-la, protegê-la de ventos e tempestades, mas também pô-la ao sol...
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