Grande desafio

Admito que também o faço: usar o telemóvel como distracção imediata. Em casa é mais raro mas num jantar, numa consulta, numa sala de espera... já usei sim! E funciona. É como um passo de magia: olha toma lá para ficares sossegada. Resulta sempre. As minhas ainda não "conheceram" os jogos porque não tenho nenhum instalado, mas são cromas nos vídeos do youtube! Só precisam que desbloqueie o telemóvel, o resto já fazem sem pensar. A entrevista que li hoje no Público, com base em resultados concretos de um estudo, comprova que este tipo de atitude é muito comum (porque funciona) mas que os efeitos estão longe de ser positivos a curto e médio prazo. É sem dúvida uma gestão difícil e um verdadeiro desafio nos tempos de hoje...


E se os tablets estiverem a ser usados como chuchas?
Eles isolam-se, têm menos contacto social, estão mais tristes ou ansiosos mas, ao mesmo tempo, sentem-se bem quando estão a jogar. São geralmente miúdos com índices de dependência da Internet graves que nos dizem "mas eu não preciso de ajuda", porque se continuarem a jogar sentem-se sempre bem. Pela idade, os mais pequeninos têm muito menos auto-controlo e, se lhes vamos dando isso, não treinamos a sua resistência à frustração, a paciência, a espera, a ideia que às vezes as coisas não acontecem como nós queremos. Damos-lhes alguma coisa que lhes dá sempre bem-estar. Vamos estar a criar uma dependência de estarmos sempre a sentir-nos bem e não podermos nunca sentir-nos frustrados, tristes.

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