Educação cristã

Hoje em dia as crianças decidem tudo. Ditam as rotinas familiares, as férias, o tipo de carro, a dimensão da casa, as atividades que querem fazer, já para não falar da vida social. É preciso conciliar os horários da escola com as extra-escola, a somar às festas e programas que se vão multiplicando, num ciclo vicioso de retribuição de convites. É em função dos filhos que os pais de hoje vivem e fazem as suas escolhas. São argumento, ou desculpa, para tudo e o resultado é a quantidade gigante - e assustadora - de pequenos ditadores, que não são mais do que crianças a quem foi dado um poder que não podem/ nem sabem (ainda) usar porque são... crianças! As crianças escolhem e decidem "por elas" quando é aos pais que cabe a maior - e mais difícil - tarefa que se chama educar. E educar custa muito, dá muito trabalho, leva a discussões e a muitos nãos. É preciso ser firme, às vezes duro até mas é esse o papel dos pais: impor limites, explicar regras e fazê-las cumprir mas acima de tudo passar valores e tradições, ensinar pelo exemplo, incutir o respeito pelos outros, o valor da amizade, do amor verdadeiro e o do perdão. É uma missão gigante e para a vida toda!
As bases da educação cristã - que recebi desde pequena, seja pelo exemplo, seja pelas escolhas dos meus pais, que me baptizaram, que me inscreveram na catequese e sempre me levaram à missa e ainda hoje me acompanham neste rito semanal que reforça a nossa união. Lançaram as bases e estão hoje a colher os frutos. Acima de tudo passaram o testemunho de fé e que estou a dar o meu melhor para passar às minhas filhas, ciente que é sem dúvida o melhor que tenho para lhes dar: uma educação que pode não ser perfeita mas que as vai dotar do que realmente importa - a perceberem a diferença entre o certo e o errado, num mundo que não gira à sua volta! Um mundo cheio de imperfeições que é preciso querer mudar para melhor, através do espírito de interajuda, de solidariedade, de amor ao próximo, de respeito, de humildade e de perdão. Valores que estão na base de uma educação cristã, que nos tempos de hoje parecem ficar para 2.º plano, só para o caso de dar para encaixar no meio das outras mil atividades. Mais uma vez, uma gestão de prioridades em função do que os filhos pedem e não do que os filhos precisam... o gostar de ir à missa é algo que se cultiva, que é preciso promover, incentivar e acompanhar! Mais uma vez, também, é a educação pelo exemplo. Se perguntar às minhas filhas se querem ir à missa não vão responder que sim em coro! Até porque há mil e uma distracções e coisas mais divertidas para fazer nessa hora, mas a verdade é que vão e, aos poucos, começa a fazer sentido ir também para elas. 

A Constança fará este ano a 1.ª Comunhão, precisamente no 1.º ano de catequese da Carlota. Mais uma bela coincidência na minha vida, a juntar à ter estado grávida no mesmo ano da comadre Dora o que nos garantiu uma ligação para a vida toda! 
A dupla Carlota e Vasquinho iniciaram este sábado a catequese - que Deus os ilumine, a eles e a nós para os conseguirmos ajudar a crescer, seja em altura, seja em conhecimento, seja em sabedoria, seja na fé!


Comentários

Sandra disse…
Maninha concordo totalmente contigo e confesso sentir-me muitas vezes pressionada a fazer como os outros fazem só porque sim.
Mas há uma certeza, enquanto a escolha for nossa direcionar as nossas filhas para a vida cristã é sem a menor dúvida a melhor das atividades. Ajuda-las a entender o mais importante para a vida:
1-Agradecer sempre
2-pedir perdão e sabedoria em todas as escolhas
3-confiar que o Pai Santíssimo providência, sempre!
Só assim maninha podemos ajudar. Lembro que os que mais se distinguem, no presente e no passado, por inteligência e superação não são os ricos nem tão pouco os mais cultos, são antes os que mais trabalham e esforçam para ter.
Dá as ferramentas, mas serão elas a ter que cavar!

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